Assim como qualquer outra máquina existente, durante seu funcionamento as peças vão se desgastando, e no motocross não seria diferente. Por isso, manter as peças do moto sempre lubrificadas é extremamente importante, já que são os óleos que impedem ou minimizam que as peças entrem em contato direto uma com a outra e causem desgastes precoces, ou seja, além de ajudarem no funcionamento mais eficiente das peças, os óleos para motor ainda auxiliam a diminuir os desgastes das peças, seja pelo bom funcionamento ou pela retirada de eventuais sujeiras que possam se acumular.
O óleo lubrificante para motor é um item indispensável em qualquer modalidade, pois é ele que mantém as peças funcionando melhor, minimiza o atrito e desgaste das peças, que impede superaquecimentos e de quebra ainda pode remover sujeiras indesejáveis.
Na hora de trocar de óleo você já deve ter reparado que existe por ai uma série deles, e em seus rótulos, as inscrições de números separadas pela letra W causam certa confusão e dúvidas na cabeça de muitos pilotos. Na hora de desenvolver o motor da moto, cada fabricante pensa em uma forma ideal de trabalho (esforço) para ele, e, consequentemente o quanto ele pode aguentar. Por isso, no manual a recomendação de qual óleo lubrificante utilizar é importante, mas sempre existe a dúvida quanto à possibilidade de troca para maior desempenho ou proteção, e, é claro que para fazer isso se deve consultar um especialista antes e sob nenhuma hipótese colocar um óleo inferior ao recomendado pelo fabricante.
A especificação de um óleo é medida pela sua viscosidade mínima e máxima, vulgo SAE e seu desempenho (API). Então um óleo SAE 10W40 possui viscosidade 10 frio (motor desligado) e 40 quando quente. Então quando ele está frio, é mais denso, e consequentemente a proteção ao motor será menor, e com 40 ele fica mais fino, e protege mais, já que preenche mais locais, penetra com mais facilidade e se move muito mais rápido também.
Quanto menores os valores mostrados, mais fino é o óleo, ou seja é menos viscoso e normalmente são utilizados em motores mais novos ou preparados para competições, já que exigem um maior volume de proteção em curtos espaços de tempo, além de não terem folgas muito grandes entre suas peças, ao contrário dos motores mais velhos, que já possuem uma certa folga entre as peças e precisam de óleos mais viscosos que segurem as impurezas e continuem garantindo lubrificação constante.
Mesmo com as classificações relacionadas à viscosidade do óleo, ainda existe a preocupação de muitos pilotos quanto ao tipo do óleo lubrificante. Ele pode ser classificado em três tipos diferentes, que não estão relacionados à viscosidade, mas sim quanto à sua fabricação e componentes, e isso faz muita diferença na durabilidade e consequentemente proteção das peças do seu motor, confira:
Obtidos a partir da separação dos componentes do petróleo, os óleos minerais são uma mistura de vários compostos, que são mais naturais e consequentemente mais fáceis de serem produzidos, minimizando seus preços e atendendo as exigências de qualquer tipo de motor. Contudo, são óleos que desgastam muito mais rapidamente, sendo que suas trocas são realizadas em quilometragens menores que as dos demais óleos.
São óleos que conseguem atingir viscosidades menores em alta temperatura, sem perder a capacidade de lubrificar as peças, já que os óleos minerais podem queimar (sofrer carbonização). Indicados para motores de alto desempenho, auxiliam na lubrificação mais rápida das peças e proporcionam maior durabilidade de uso, sem formar borras, mas os valores por litro também são mais altos.
Cada fabricante recomenda um determinado período de tempo para que a troca seja realizada, mas em geral os motores mais potentes podem consumir até um litro de óleo a cada mil quilômetros dependendo do tipo e viscosidade utilizados pelo motor, além disso, os fabricantes ainda recomendam a troca de acordo com o tempo de uso caso a quilometragem ainda não tenha sido atingida, isso porque o óleo acaba ficando mais espesso e sujo, perdendo suas propriedades e não lubrificando as peças corretamente.
No motocross as motos não possuem odômetro, e a dificuldade em marca a quilometragem é muito maior, por isso, o ideal é utilizar um horímetro, ou verificar antes do uso qual o nível, coloração e viscosidade do óleo, assim, é possível antecipar trocas para não danificar o motor com o excesso de sujeira ou ainda mantê-lo protegido com a viscosidade correta.
O mesmo tipo de óleo nos dois recipientes, sendo o da esquerda novo e o da direita já com sua quilometragem no ponto ideal para troca. Quanto mais tempo e uso após essa situação menos eficiente ele se torna, e o excesso de sujeira fica cada vez menos retido no filtro de óleo.