Aquele momento preocupante em que seu filho pede uma moto.
Eu sou uma mãe apaixonada, dediquei minha vida a educar com a intenção de desenvolver crianças felizes, apaixonadas e atenciosas, que agregam valor ao mundo. Sou muito feliz em ter a atenção deles por alguns momentos para compartilhar minha história e as lições que aprendi.
Como pais, é natural o instinto de proteger seu filho. Está na nossa alma se preocupar com a criança e nós temos uma necessidade inata de prepará-los para o mundo.
Eu lembro do dia que meu filho começou a me incomodar para ter uma moto. Claro que eu quase passei mal só de pensar nele pilotando.
Meus pais não eram motociclistas, então, claro, eles se preocupavam muito. Minha mãe queria comprar para o meu filho uma nova bola de futebol ou um vídeo game como tática para tentar direcionar o foco dele para atividades mais normais. Mas tudo o que ele queria era assistir videos de motocross e falar sobre quando ele iria pilotar também.
Meus amigos me encheram de histórias horriveis e me diziam como eles conseguiram colocar seus filhos no futebol ou basquete. Eles perguntavam por que eu não colocava meu filho em um esporte mais seguro… ah, claro que também tem o custo alto de uma moto.
Eu era uma mãe preocupada e nervosa em pensar no motociclismo.
Até que um dia eu conheci Andrea.
Andrea era a mãe de um piloto. Eu contei para ela do meu filho e todas as minhas preocupações. A resposta dela mudou a minha vida como mãe.
Depois de carregar por muito tempo um nó no meu estômago, ficando preocupada e dividida entre deixar meu filho fazer algo que ele era claramente apaixonado e protegê-lo. “Pilotar” ou “não pilotar” era a questão.
Andrea deixou 100000% claro para mim que meu trabalho como mãe é preparar minha criança para a vida. O único jeito de protegê-lo é prepará-lo.
É nosso trabalho equipar nossos filhos com autoestima, caráter e dar as ferramentas para eles crescerem capazes, apaixonados e serem humanos felizes.
“Querida, você tem duas opções. Deixá-lo ou não pilotar... Mas se lembre que não é sobre a moto.” - disse Andrea. Eu fiquei curiosa:
“não é sobre a moto?”
“Pessoas jovens precisam de adrenalina, precisam se arriscar, nós precisamos ensiná-los como se arriscar de forma correta. Eles precisam aprender a ter foco, aprender que existem consequências, causa e efeito, aprender a ter respeito. Restringir nossos filhos é colocar um Band-Aid, treiná-los dura pra sempre.” - respondeu ela.
Reprimir o desejo de uma criança não é segurança, é egoísta e só atrasa o fato de que um dia ele vai pilotar. Contra a sua vontade.
Você sabia que quase 80% dos homens um dia vai pilotar uma moto na vida?
“Eu prefiro que meu filho aprenda a pilotar em um ambiente divertido, seguro e controlado do que um dia ir contra a minha palavra e aprender com os amigos”
“Eu prefiro que ele não tenha nada para provar quando chegar a hora de tirar a carteira de habilitação”
“Eu quero que meu filho tenha a paixão que mantenha ele focado e disciplinado.”
Então aqui estão os fatos.
Quando seu filho quiser aprender a pilotar, ele vai estar usando todos os equipamentos infantis, um capacete, colete, luvas, bota, óculos de motocross, protetor de pescoço, pode inclusive usar os pneus de treino. A moto dele vai ser restrita e ele vai estar indo mais lento do que quando anda de bicicleta. Além disso ele vai ser treinado por alguém que sabe o que está fazendo e o mais importante: ele vai estar fazendo o que ama.
Eu acho que nosso trabalho como mãe é ensinar foco ao nosso filho, dar a eles o presente da disciplina e mostrar os riscos envolvidos.
Eu sei que o motociclismo é preocupante, e é nosso trabalho se preocupar. Mas também não é nosso trabalho ver nossos filhos livres, iluminá-los para fazer o que amam?
O tédio é um risco, o desrespeito é um risco, drogas são riscos, pilotar uma moto sem capacete é um rico.
Pilotar uma motocicleta em um ambiente controlado e segura com todo o equipamento de proteção e acompanhamento necessário é um risco de educação.
Motociclismo é estatisticamente mais seguro do que os parques de escolas, jogar futebol e muitos outros esportes comuns, mas nosso esporte é confundido porque a maioria dos pais não são pilotos.
Pilotar dá à criança autoestima.
Pilotar dá ao seu filho um canal para extravasar emoções, excitação, frustração. Tudo. Um péssimo dia na escola é facilmente esquecido assim que a moto é ligada.
Texto original por motoxs.com, traduzido e complementado pela MX Parts.